Evento de clã de Esgrima Medieval Histórica estimula jovens a
trabalharem em equipe
“Com o passar dos anos, muitos dos valores e
princípios da sociedade se transformaram, tradições foram esquecidas e
desvalorizadas. Jovens estão, cada vez mais, deixando de absorver e entender a
importância de se seguir ideais.” É em cima desse pensamento que o primeiro
grupo de Esgrima Histórica Medieval do Brasil, Barn Av Einherjar (Filhos dos
Campeões de Odin), desenvolve e trabalha os seus princípios.
Há dois anos, além do encontro semanal para treinar
e aprender as técnicas de esgrima junto com o conceito das artes marciais (desenvolvimento
físico, mental e espiritual), o grupo também se reúne, a cada seis meses, em
uma confraternização singular, para intensificar o treinamento e para aprenderem
o significado de união.
O evento, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de
novembro, na chácara Três Estrelas, em Hortolândia, serviu como estímulo ao
trabalho em equipe. Dos 50 esgrimistas, 30 participaram da confraternização
deste segundo semestre, dividindo tarefas como cozinhar, organizar o ambiente e
ajudar no treinamento. “A confraternização é composta de três partes: treinar,
aprender e confraternizar. Ela não pode existir sem que todas essas três coisas
aconteçam dentro de um espírito de imersão total.” Explicou o coordenador e
organizador, Arthur Melchior Pagliarini.
Outro valor exigido pelos coordenadores foi a
disciplina. Cada integrante do grupo deveria seguir as regras impostas
previamente por Pagliarini, como acordar às 7h para o café da manhã, estar
pronto para o treino físico às 8h ou, caso não estivesse se sentindo bem para treinar,
cuidar de outras tarefas importantes, como preparar o almoço.
Tanto as refeições quanto o cardápio e o banho tinham
horários pré-estabelecidos e todos seguiram prontamente as solicitações dos
mais graduados. O evento também foi marcado por um teste de graduação de Henrique
Domene, que passaria de Helsier para Ulfhednar (vide hierarquia à direita), o
esgrimista precisou lutar com o líder e dois coordenadores mais graduados para
concluir o teste. As lutas duraram cerca de dez minutos.
Para Guilherme Marra, um Helsier na hierarquia
nórdica, a confraternização semestral serve para conhecer melhor seus companheiros
e para aprender com eles. “O fato de trabalharmos em equipe é para mostrar a
essência de um clã. Como é agir em sociedade.” Explicou. “O clã significa
família pra gente e uma família só existe com o convívio.”
Além do treinamento, o
grupo também realizou atividades relacionadas ao tema épico no tempo livre,
como dançar, tocar e cantar músicas no estilo medieval, com tambor e rimas
espontâneas em um ritmo saído da idade média. Além de jogos de carta e de
batalha.
O próximo evento, que será em
julho de 2013, deverá ser organizado por outro integrante do grupo e resgatar
ainda mais aspectos dos costumes medievais: outros tipos de dança, música,
culinária e artesanato.
Saiba mais sobre o treinamento no clã