Matéria realizada para o site Digitais
Por Jéssica Bueno
Cientistas do Imperial College, de Londres, divulgaram este
mês um estudo que explica o protótipo de sensor ultra-sensível desenvolvido por
eles, que permitirá aos médicos detectar os primeiros estágios de doenças como
o cancro da próstata e de infecções virais, incluindo HIV, a olho nu.
De acordo com a equipe, essa tecnologia de sensor visual é dez
vezes mais sensível em relação aos métodos atuais e, além de identificar qual a
doença do paciente, o protótipo também pode ser reconfigurado para vírus
específicos. O sensor funciona através
da análise do soro sanguíneo em um recipiente descartável.
Quando o resultado
for positivo, algumas pequenas partículas emitem uma coloração azul. Quando o
resultado for negativo, a coloração é avermelhada. Ambas as reações podem ser
vistas sem o uso do microscópio.
Com isso, os pesquisadores acreditam que os testes de HIV
podem se tornar mais baratos para administrar, facilitando a utilização desse
método nas partes mais pobres do mundo, nas quais os pacientes infectados com a
doença não têm condições de repetir os exames periodicamente, como seria o
ideal, para identificar infecções secundárias que se manifestam por causa do
vírus da AIDS.
A próxima etapa do trabalho será a aproximação, sem fins
lucrativos, de instituições globais de saúde, que poderiam ajudar na estratégia
e no financiamento da fabricação e distribuição do sensor em países de baixa
renda.
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