sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Um encontro medieval


Evento de clã de Esgrima Medieval Histórica estimula jovens a trabalharem em equipe

“Com o passar dos anos, muitos dos valores e princípios da sociedade se transformaram, tradições foram esquecidas e desvalorizadas. Jovens estão, cada vez mais, deixando de absorver e entender a importância de se seguir ideais.” É em cima desse pensamento que o primeiro grupo de Esgrima Histórica Medieval do Brasil, Barn Av Einherjar (Filhos dos Campeões de Odin), desenvolve e trabalha os seus princípios.
Há dois anos, além do encontro semanal para treinar e aprender as técnicas de esgrima junto com o conceito das artes marciais (desenvolvimento físico, mental e espiritual), o grupo também se reúne, a cada seis meses, em uma confraternização singular, para intensificar o treinamento e para aprenderem o significado de união.
O evento, que aconteceu entre os dias 24 e 26 de novembro, na chácara Três Estrelas, em Hortolândia, serviu como estímulo ao trabalho em equipe. Dos 50 esgrimistas, 30 participaram da confraternização deste segundo semestre, dividindo tarefas como cozinhar, organizar o ambiente e ajudar no treinamento. “A confraternização é composta de três partes: treinar, aprender e confraternizar. Ela não pode existir sem que todas essas três coisas aconteçam dentro de um espírito de imersão total.” Explicou o coordenador e organizador, Arthur Melchior Pagliarini.
Outro valor exigido pelos coordenadores foi a disciplina. Cada integrante do grupo deveria seguir as regras impostas previamente por Pagliarini, como acordar às 7h para o café da manhã, estar pronto para o treino físico às 8h ou, caso não estivesse se sentindo bem para treinar, cuidar de outras tarefas importantes, como preparar o almoço.  
Tanto as refeições quanto o cardápio e o banho tinham horários pré-estabelecidos e todos seguiram prontamente as solicitações dos mais graduados. O evento também foi marcado por um teste de graduação de Henrique Domene, que passaria de Helsier para Ulfhednar (vide hierarquia à direita), o esgrimista precisou lutar com o líder e dois coordenadores mais graduados para concluir o teste. As lutas duraram cerca de dez minutos.
Para Guilherme Marra, um Helsier na hierarquia nórdica, a confraternização semestral serve para conhecer melhor seus companheiros e para aprender com eles. “O fato de trabalharmos em equipe é para mostrar a essência de um clã. Como é agir em sociedade.” Explicou. “O clã significa família pra gente e uma família só existe com o convívio.”
Além do treinamento, o grupo também realizou atividades relacionadas ao tema épico no tempo livre, como dançar, tocar e cantar músicas no estilo medieval, com tambor e rimas espontâneas em um ritmo saído da idade média. Além de jogos de carta e de batalha.
O próximo evento, que será em julho de 2013, deverá ser organizado por outro integrante do grupo e resgatar ainda mais aspectos dos costumes medievais: outros tipos de dança, música, culinária e artesanato.

Entenda a Esgrima Histórica Medieval

Saiba mais sobre o treinamento no clã

sábado, 24 de novembro de 2012

A situação do meio ambiente no Brasil

Artigo realizado como freelancer.
Por Jéssica Bueno


São inúmeras as reportagens que falam sobre o meio ambiente, assim como este é um assunto bastante pautado nas escolas e defendido por organizações e instituições. Um exemplo da importância do tema foi a Rio+20, que juntou diversos países para retomar uma discussão iniciada em 1992.
Mas se este é um assunto bastante discutido, então por que aparecem mais problemas do que soluções? Na realidade, existem soluções e muitos programas sustentáveis ativos. Contudo, nem sempre os projetos conseguem acompanhar o desenvolvimento urbano desenfreado, bem como a discrepância das atitudes humanas ao degradar a natureza para atender as suas necessidades industriais.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, as florestas naturais correspondem a cerca de 61% do território brasileiro, distribuídas em seis tipos de biomas com características particulares. Dentre as mais importantes estão a Amazônia, ocupando em média 354,7 milhões de hectares, o Cerrado, ocupando 66,4 milhões de hectares, aproximadamente, e a Caatinga, abrangendo quase 47 milhões de hectares. A Mata Atlântica, apesar de ocupar apenas 13% do território – não esquecendo que este número reflete o grande desmatamento que a floresta sofreu, cerca de 900 mil km² destruído –, tem um papel importante na economia, por abrigar as espécies vegetais mais visadas comercialmente.
Tendo em vista que cada uma dessas florestas, mesmo as menores como o Pantanal e o Pampa, desempenham importantes papéis sociais, econômicos e ambientais, é possível compreender a importância de se estabelecer uma relação não prejudicial entre as necessidades humanas dos recursos naturais e os limites do meio ambiente.
Pensando nisso, a inPEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias) desenvolveu o projeto Campo Limpo que trabalha na coleta de embalagens plásticas de agrotóxicos em todo o país e cuida do encaminhamento correto do material coletado. O trabalho do instituto, que tem o apoio de diversas organizações e empresas do agronegócio, já rendeu ao Brasil o título de líder em direcionamento correto do lixo agrícola.
Um estudo realizado pela Fundação Espaço Eco, sobre os benefícios gerados pelo Sistema Campo Limpo, revelou que o país destinou 94% das embalagens, que foram usadas na agricultura, corretamente. O segundo país que melhor realizou esta ação foi a França, encaminhando 77% de seu lixo agrícola.
Considerando que o número de áreas plantadas no Brasil corresponde a 6,8 milhões de hectares e que o país é referência mundial em agronegócio, estes são dados de que os brasileiros possam se orgulhar. Entretanto, ainda há muitos outros aspectos ambientes para se levar em conta sobre a situação da biodiversidade. Um ponto importante é a questão dos recursos hídricos.
Assim como o desmatamento e a caça inadequada podem desestruturar os ecossistemas, a seca, a poluição e o uso inadequado da água geram impactos permanentes no meio ambiente. Estima-se que cerca de 80% das doenças e 30% dos óbitos no mundo são causados por águas poluídas.
Recentemente, a Fundação SOS Mata Atlântica percorreu 11 estados brasileiros para avaliar a qualidade da água em 49 corpos d’água, e classificou como regular 75,5% dos corpos analisados e 24,5% como ruim. Segundo o estudo, o curso d’água que apresentou melhor qualidade foi o da Bica da Marina, no Rio de Janeiro, e o mais poluído é o Criciúma, em Santa Catarina. Isso tudo sem contar o rio Tietê. Entre as fontes poluidoras mais significativas estão as de origem industrial, doméstica e agropecuária.
A cada ano a situação do meio ambiente no Brasil e no mundo, se torna alarmante. É mais do que falta de consciência ou falta de educação ambiental, é o desrespeito à vida. Centenas de animais já entraram em extinção, como o mico-leão-dourado e até a onça-pintada, assim como muitas espécies vegetais, apenas porque os seres humanos queriam comercializar. A hora de discutir sobre a recuperação do que foi destruído já passou, agora é o momento de se pensar no que é prioridade para que o planeta Terra continue habitável. E o Brasil, como referência mundial em biodiversidade, tem um papel importante nesse cenário.



quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Cientistas britânicos desenvolvem análise mais barata de exames de HIV e câncer


Matéria realizada para o site Digitais
Por Jéssica Bueno

Cientistas do Imperial College, de Londres, divulgaram este mês um estudo que explica o protótipo de sensor ultra-sensível desenvolvido por eles, que permitirá aos médicos detectar os primeiros estágios de doenças como o cancro da próstata e de infecções virais, incluindo HIV, a olho nu.

De acordo com a equipe, essa tecnologia de sensor visual é dez vezes mais sensível em relação aos métodos atuais e, além de identificar qual a doença do paciente, o protótipo também pode ser reconfigurado para vírus específicos.  O sensor funciona através da análise do soro sanguíneo em um recipiente descartável. 

Quando o resultado for positivo, algumas pequenas partículas emitem uma coloração azul. Quando o resultado for negativo, a coloração é avermelhada. Ambas as reações podem ser vistas sem o uso do microscópio.

Com isso, os pesquisadores acreditam que os testes de HIV podem se tornar mais baratos para administrar, facilitando a utilização desse método nas partes mais pobres do mundo, nas quais os pacientes infectados com a doença não têm condições de repetir os exames periodicamente, como seria o ideal, para identificar infecções secundárias que se manifestam por causa do vírus da AIDS.

A próxima etapa do trabalho será a aproximação, sem fins lucrativos, de instituições globais de saúde, que poderiam ajudar na estratégia e no financiamento da fabricação e distribuição do sensor em países de baixa renda.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Sobre vampiros e lobos

Em novembro estréia a segunda parte do último filme da saga Crepúsculo nos cinemas, e a data é mais do que adequada para esquadrinharmos a série e discutir os pontos mais polêmicos. Entre adolescentes histéricas e leitores incrédulos, os livros de Stephenie Meyer ficaram na lista dos Best Sellers americanos por tempo suficiente para ser respeitado, então, deixemos de lado o preconceito e o ceticismo e olhemos tecnicamente para a obra.
Do ponto de vista estrutural, Meyer conseguiu concluir os livros de maneira redonda, sem deixar buracos. O objetivo da história é claro desde o início: Edward, o vampiro “vegetariano”, e Bella, a humana destrambelhada, encontrarão um modo de ficarem juntos para sempre. Ao redor dessa meta, Meyer enlaçou sua trama em um sistema de problemáticas em cadeia.
Em Crepúsculo, a primeira problemática aparece quando vampiros que não pertencem ao clã dos Cullen – ou seja, vampiros que não se abstinham de sangue humano – aparecem na região e um deles fica irremediavelmente interessado em matar Bella. Aqui, a problemática é parcialmente resolvida, quando o namorado-vampiro da personagem e sua família acabam com a ameaça e salvam a vida dela.
O segundo livro, Lua nova, apresenta a segunda problemática central: o sofrimento de Bella ao ser abandonada por Edward. O problema apresentado no primeiro livro fica em segundo plano, até o momento em que a personagem descobre que Victoria, parceira do vampiro que quisera matá-la no ano anterior, a está caçando para vingar a morte do seu amado. A partir daí, o livro equilibra as duas problemáticas.
 A segunda questão é resolvida quando a personagem sai em busca do seu ex-namorado na Itália, acarretando na terceira problemática da série: Bella terá que se tornar vampira ou será assassinada pelos Volturi, um clã italiano de vampiros, o mais forte e influente do mundo de Meyer.
Em eclipse, terceiro livro, a primeira problemática terminará de ser resolvida. Uma guerra entre a vampira Victoria e seu exército de vampiros recém-criados contra o clã dos Cullen e os lobisomens que defendem a região. Terminada a luta, Bella aceita se casar com Edward sob a condição de ser transformada em um deles no próximo ano.
Como fica evidente, o terceiro livro termina com um indício de que a terceira problemática será resolvida logo no início. Contudo, criativa como é, Meyer criou uma quarta problemática. Em Amanhecer, quarto e último livro da série, Bella engravida de Edward logo após o casamento. Ninguém conhece a natureza do bebê, pois nem mesmo os vampiros achavam que era possível uma fecundação entre as espécies. A gestação avança rapidamente, sugando a vida de Bella. Edward já não sabe se é capaz de salvar a vida dela quando o momento do nascimento chegar e a personagem, por sua vez, se recusa a fazer o aborto.
Apesar disso, o problema central só chega após o nascimento da criança semi-humana. Pelas leis do clã italiano, é proibido a existência de crianças vampiras, o conhecimento sobre a filha de Edward e Bella leva os Cullen e todo o apoio que conseguem juntar, em uma guerra contra os Volturi. A quarta e última problemática é resolvida, fechando a cadeia da trama de Meyer.
A estrutura de corrente que Meyer utilizou não é propriamente singular, porém, foi muito bem trabalhada, uma vez que conseguiu concluir com êxito todas as problemáticas que criou e, intercalando-as entre os livros, conseguiu relacionar todos os volumes, de uma maneira a deixá-los interdependentes. Ao contrário de séries como “Fallen”, em que os quatro livros giram em torno de uma única problemática, numa estrutura linear, tornando o tempo narrativo incomodamente rápido.

Críticas
As maiores críticas sobre a série são sobre os vampiros. Meyer distorceu a imagem original destes seres que são, geralmente, retratados como noturnos, que morrem se forem atingidos pela luz solar. Seres com presas afiadas, sem reflexo em espelhos e que não são capturados pela fotografia. E a característica mais importante, são seres marcados por sexualidade e vaidade.
A autora de Crepúsculo retratou vampiros que vivem a obsessão, principalmente, pelo sangue. A busca por sexo só acontece quando encontram seu parceiro, sendo que só se ligam a um único parceiro durante toda a sua existência.
Além disso, a personagem de Meyer engravida de um vampiro, o que somou no desagrado dos amantes da literatura fantástica. O que mais incomoda sobre isso, é que Bella e Edward não tem um comportamento de digno de mãe e pai. Mesmo depois de terem tido uma filha, eles continuam sendo apenas o casal apaixonado, que dá mais importância um ao outro, ao relacionamento deles, do que a sua filha.
Todos estes aspectos afastam a obra tão bem estruturada de Meyer da verossimilhança. Característica importantíssima em todas as produções literárias e, principalmente, na literatura fantástica, em que o principal desafio é narrar histórias e personagens que não pertencem a um mundo conhecido mas, de algum modo, poderiam ser reais.


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Ser Jornalista

Ouvi dizer que escrever é se doar. E, de fato, o é, caros leitores silenciosos. 

Descubro todos os dias, de uma forma ou de outra, que ser jornalista é um desafio constante. Não que eu não imaginasse que fosse, mas de maneira nenhuma saberia dizer como esses desafios se apresentariam no meu dia a dia.

Sou sensível às minhas produções, tenho uma relação íntima com o que escrevo. Cada palavra que externiso é importante para mim, é uma parte de mim. Isso é bom e ruim ao mesmo tempo, especialmente em uma profissão na qual se espera algo dos seus textos, na qual eles não são apenas seus, mas da sua empresa, dos seus personagens, das suas fontes, da sua cidade. Cada pessoa que participa direta ou indiretamente da sua matéria, se sente um pouco dono dela.

"Acrescente essa frase", dizem. "Você não pode falar sobre isso", aconselham. "É melhor não publicar", ordenam. "Não gostei do que você falou", criticam. "Você podia citar aquilo lá", indicam. "Vamos deixar isso de lado por enquanto?", sugerem. "Talvez o título seria melhor dessa forma?", intrometem-se. "Você está fugindo da nossa linha editorial", explicam. "Faça de novo", repetem.

Ser jornalista é exercer a paciência, aprender a dominar o seu orgulho, entender os seus defeitos, reconhecer as suas falhas e não desistir. Nunca desistir. É reconhecer que sempre há algo para melhorar, é aprender a ouvir e a fugir do óbvio. É encontrar mais de um caminho e escolher eticamente qual seguir. 

De tudo o que já enfrentei, e acredito que foram poucas as coisas em comparação a jornalistas de longa data, o mais difícil é praticar o desapego. Amo meus textos como se fossem meus filhos, e em um puro instinto maternal, defendo-os com unhas e dentes. Ou, para ser realista, com meia dúzia de palavras teimosas e um par de olhos armados.

Apesar disso, fico feliz sempre que me deparo com um momento desses, um momento de confronto idealista, psicológico, profissional e intelectual, porque aos poucos vou aprendendo a lidar com essas situações. Elas me ajudam a amadurecer e me aproximam da profissional que quero ser.

Não tenho pressa para descobrir aonde o meu caminho está me levando, vou apenas seguindo e aproveitando tudo o que há para aproveitar. Vou olhar a paisagem, ouvir o mundo e descobrir, quando o momento chegar, o que devo fazer. Tudo o que eu quero, tudo o que importa mesmo, é viver isso tudo. Cada momento. Da vida pessoal, da vida profissional, das muitas vidas que vivemos em apenas uma.

"Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor, mas não tem poder". (Rubem Alves)

J.K. Rowling está de volta!

Mas Harry Potter, não.

Publicado para o blog Anunciador

Essa semana encontrei duas notícias sobre a J.K. Rowling, uma dizendo que a autora pensa em lançar uma "versão de diretor" dos livros da série Harry Potter, que foram escritos às pressas, e outra falando sobre o seu último lançamento, "Casual Vacancy", um romance adulto.

Apesar de seu novo livro, as pessoas sempre irão falar da série que conquistou milhares de fãs ao redor do mundo, quando o assunto for J.K. Rowling. Não importa quanto tempo passe ou quantos livros ela venha a publicar. Porém, apesar de toda essa adoração e aceitação sobre a série, a própria escritora não ficou muito satisfeita quando terminou.

De acordo com a reportagem publicada pelo iG, Rowling acredita que poderia ter feito um trabalho melhor se tivesse tido mais tempo. Talvez ela devesse trocar uma ideia com Christopher Paolini, que ignorou seu deadline e, ainda assim, não ficou completamente feliz com o seu trabalho. Apesar disso, assim como o autor de Eragon não tem planos para continuar sua saga, J.K. Rowling também não pretende lançar novos livros do universo bruxo.
"Foi como um assassinato dizer adeus (a Harry Potter). No que diz respeito a Harry, já deu para mim. Se eu tivesse uma ideia fabulosa que saísse daquele mundo, como eu adoro escrever sobre ele, eu o faria." (J.K. Rowling na entrevista publicada pela iG em 26/09/2012)
Fico feliz em saber que ela se sentiu da mesma forma que eu quando virei as últimas página e encontrei "33 anos depois". Demorei um bom tempo para decidir se queria ou não admitir que três décadas haviam se passado na história que eu acompanhei dos onze aos quinze anos.

Seja como for, J.K. seguiu em frente, assim como muitos dos seus leitores fanáticos. Agora, sua maior preocupação é saber o que as pessoas vão achar de seu novo livro, embora ela esteja corajosa para enfrentar as críticas.

"O pior que pode acontecer é que todo mundo diga: que ruim, deveria continuar escrevendo para crianças." (J.K. Rowling em entrevista publicada pelo Terra, em 22/09/2012)
Assim que conseguir colocar as mãos no seu novo romance, volto para fazer uma das coisas que adoro: criticar. Torço para que seja tão bom e encantador quanto foi a estória do meu amigo Harry.

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domingo, 30 de setembro de 2012

Resgate de arte Naif recebe mais de 500 visitantes


Ao lado de cada obra está a história dos pintores
O Museu de Arte Contemporânea de Campinas recebeu mais de 500 visitas desde o dia 13 de setembro, quando abriu a exposição “Futebol do Brasil Naif”, trazida do acervo nacional do MIAN (Museu Internacional de Arte Naif do Brasil), no Rio de Janeiro.

Dividida em três ambientes, a coletânea reúne 34 obras futebolísticas de pintores Naifs brasileiros, que retrataram a sua paixão pelo futebol e o impacto deste esporte em suas vidas e na sociedade brasileira. As pinturas datam de 1970 a 2006, muitas produzidas por pessoas que jamais chegaram a estudar arte ou a aprender técnicas.
"Pelé, Obrigado Você é 1000" de Mabel Machado, 2001

Além do futebol, a arte Naif também expressava o samba através dos quadros do sambista e artista plástico, Aluízio Jeremias, e cenas do cotidiano, resgatadas do acervo de artes de Campinas. “O que mais chama atenção na arte Naif, é que ela é antiga e simples, os artistas não precisam de preparos ou conhecimentos de técnicas para produzir”, contou a estudante de artes visuais, Veridiana Gasmenga, uma das responsáveis pela exposição. 


Esta é a última semana das exposições no MACC, uma oportunidade para ver a história do futebol brasileiro expressa em tinta pelo olhar de artistas que vivenciaram a época.


Serviço

Exposição: O Brasil do Futebol Naïf
Local: Museu de Arte Contemporânea de Campinas (MACC) “José Pancetti”. Av. Benjamin Constant, 1633, Centro. (19) 2116-0346 ou 3236-4716
Data: de 13 de setembro a 7 de outubro
Horário: de terça a sexta, das 9 às 17 horas; sábado, das 9 às 16 horas; domingo, das 9 às 13 horas
Entrada: gratuita


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Conheça mais produções da Arte Naif

Ou, assista o vídeo sobre a Arte Naif no Brasil